Porquinhos-da-índia, assim como a
maioria dos roedores, se reproduzem
com uma rapidez fantástica. As
fêmeas atingem a maturidade entre um
e três meses de vida, e os machos
aos dois meses. Elas entram no cio
basicamente uma vez a cada dezoito
dias, sendo que este dura cerca de
vinte e quatro horas; mas a simples
presença do macho pode fazer com que
sua ovulação ocorra antes do tempo
previsto.
Nunca aloje mais do que um macho numa mesma gaiola com
fêmeas.
Dois machos adultos brigarão sempre
pelas fêmeas, inferindo mordidas
profundas uns nos outros, e se o
espaço for pequeno a coisa fica
ainda mais feia, pois o perdedor não
terá para onde fugir.
Nunca reproduza fêmeas com menos de 400 g ( ou com
menos de 3 meses de idade ), pois
fêmeas muito novas podem perder a
cria ou ter dificuldades na hora do
parto.
Gestação
e Parto
A gestação dura em torno de sessenta
e oito dias. Em geral, a gravidez
não apresenta nenhum problema e o
parto é fácil. Na maioria das vezes
as fêmeas dão à luz durante a noite.
Elas limpam seus filhotes e ingerem
os restos da placenta. Se houver
outras fêmeas junto, freqüentemente
irão ajudar a mãe a limpar a cria.
Os filhotes já nascem de olhos
abertos, peludos e muito ativos, ao
contrário da maioria dos roedores.
Poucas horas após o nascimento dos
filhotes já estão aptas a engravidar
novamente.
No segundo dia de vida estão prontos para ingerir
alimentos sólidos. Podem ser
desmamados entre dezessete e trinta
dias.
Quanto maior o número de filhotes
que a fêmea tiver para amamentar,
mais tempo eles terão que ficar com
ela; como a fêmea possui apenas duas
mamas, ninhadas de quatro ou mais
filhotes não devem ser separadas da
mãe antes dos trinta dias. As fêmeas
amamentam em pé e todas as fêmeas
com crias em idade semelhante
amamentam os filhotes umas das
outras. A ocorrência de partos
prematuros com perda de filhotes é
rara, mas existe o risco.
Para aumentar as chances de uma gestação normal, evite
a manipulação das gestantes, evite
mudanças na vida do animal, que
possam causar stress (não altere
muito a alimentação neste período,
não a transfira para uma gaiola
nova, não a apresente para novos
animais, etc.), não acasale fêmeas
acima do peso, não acasale fêmeas
muito jovens e não permita que as
fêmeas se acasalem seguidamente.
Há casos de fêmeas criadas em
ambientes com excesso de fêmeas ou
que ficaram isoladas de machos por
um tempo considerável de suas vidas
que desenvolveram comportamentos
masculinizados, chegando a realizar
corte e mesmo tentar cobrir outras
fêmeas. Quando fêmeas com este
comportamento engravidam podem
muitas vezes rejeitar a cria.
|