Locomoção das Serpentes
A serpente conta com a grande flexibilidade de sua
coluna vertebral, e com uma complexa musculatura. É o
único vertebrado capaz de dobrar completamente a coluna.
É capaz de nadar, submergir na água ou na areia, e
escalar planos verticais, desde que sejam ásperos. As
costelas e escamas ventrais são conectadas por músculos,
e são sincronizados durante a locomoção. A velocidade
máxima que uma serpente pode desenvolver é muito
variável. Em geral não ultrapassa 7 km por hora. Em
determinadas situações e distâncias curtas, pode atingir
maior velocidade. Pode se locomover de várias formas,
dependendo de sua atividade e do ambiente: |
© Giuseppe Puorto |
Movimento Ondulatório Horizontal, ou Movimento
Serpentino
É o tipo de movimento mais comum, em forma de "S". A
serpente ondula o corpo alternadamente para um lado e
para o outro, deslocando-se para frente em sentido
horizontal. Usado em fuga, é o deslocamento típico de
serpentes rápidas.
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© Giuseppe Puorto |
Movimento Retilíneo
A ação dos músculos sobre as escamas provoca ondas
sucessivas de contração muscular na pele da serpente,
elevando as escamas do solo, da frente para trás, e a
serpente se desloca em linha reta para frente.
Característico de serpentes de corpo volumoso e pesado,
com deslocamento lento. Por ser muito discreto, é usado
para se aproximar da presa sem que ela perceba.
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© Giuseppe Puorto |
Movimento Sinuoso-lateral, ou Sidewinding
A serpente eleva o corpo em alças, apoiando somente dois
pontos do corpo no solo a cada avanço. As alças são
impulsionadas para frente pelo ar, muito próximas do
solo, e quando são apoiadas no chão exercem força para
baixo. Parece que a serpente anda de lado. Em terrenos
arenosos, deixam marcas em forma de "J". A maioria da
serpentes é capaz de se locomover desse modo. As
espécies de deserto são as mais especializadas nesse
movimento.
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Movimento Misto, ou Movimento em Sanfona
Conjuga o Movimento Ondulatório Horizontal ao Movimento
Retilíneo. A serpente se dobra como uma sanfona,
trazendo a parte trazeira de seu corpo para junto da
dianteira, e então avança impulsionando a parte
dianteira, até esticar novamente o corpo, para depois se
dobrar novamente. Mantem um ou mais pontos de atrito com
o solo. As alças que se formam quando ela se dobra podem
ser horizontais ou verticais. Movimento usado em
superfície lisa, ao rastejar através de um túnel
estreito, ou ao subir por superfície vertical. |
Fontes:
- Site do Instituto Butantan - Museu Biológico
- Site do IBAMA - RAN
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